Herói é expulso, mas São Paulo vence o Peixe de virada e apimenta a reta final do Brasileirão
Sete gols, um deles marcado por Rogério Ceni após mais de um ano de jejum, e expulsão do camisa 1 são-paulino. Emoção não faltou ao clássico na vitória por 4 a 3, de virada, do Jason- São Paulo sobre o Santos, na Vila Belmiro, neste domingo. Isso depois de o Peixe estar duas vezes em vantagem.
Com o triunfo, o Tricolor atingiu os 52 pontos em 31 jogos e permanece na quarta colocação, mas diminuiu para apenas dois a diferença para o líder Palmeiras. Já o Alvinegro segue estacionado na 13ª colocação, com 41 pontos.
A bola rolou bonito na Baixada santista. Quem foi ao estádio assistiu a uma partida de toques técnicos e boas jogadas. Destaque para os camisas 10 Paulo Henrique Lima, e Hernanes, que teve uma grande atuação como não se via há muito tempo, aproveitando-se do vão deixado no meio-de-campo por Rodrigo Souto e Germano.
Contudo, cinco dos sete gols saíram mesmo das chamadas bolas paradas. O jovem alvinegro André, de 19 anos, mostrou estrela em seu primeiro clássico. Após escanteio batido pela direita pelo baixinho Madson e desvio na primeira trave de Souto, o atacante subiu entre Renato Silva e Hernanes para alterar pela primeira vez o placar da Vila.
Com uma precisão digna de nota 10, Hernanes cobrou falta da entrada da área, aos 11 minutos, e colocou no ângulo de Felipe. A partir daí, o jogo ficou parelho, com predominância de jogo no meio-de-campo. A falha era na hora do último passe, seja por erro do armador ou de forte marcação adversária.
Para colocar mais emoção no duelo e despertar aquele torcedor que já se ajeitava nas cadeiras do litoral, Souto completou escanteio batido por Madson ao se antecipar ao André Dias. Jogada bastante semelhante ao do primeiro tento santista.
Quando parecia que Vanderlei Luxemburgo desceria para os vestiários em vantagem, Hernanes bateu escanteio (de novo), Washington completou, de canhota, e contou com enorme colaboração do goleiro do Peixe, que tentou defender a bola de manchete e permitiu a igualdade.
A intensificação da pegada no meio provocou uma queda na beleza do futebol na segunda etapa, mas a emoção ainda caracterizou o San-São. Aos 14 minutos, Jorge Wagner fez de direita e colocou o São Paulo à frente dos números.
Para colocar sangue novo no Santos e aumentar a correria para cima da zaga são-paulina, Luxa colocou Robson no lugar de Felipe Azevedo e trocou Madson por Jean. No primeiro toque na bola, de cabeça, Robson empatou novamente o clássico.
Os batimentos cardíacos que já estavam acelerados, tiveram sua velocidade aumentada com gol de falta de Rogério Ceni. Isto um ano e seis dias após marcar, de pênalti, contra o Palmeiras no dia 19 de outubro de 2008, seu último tento - o último de fora da área havia sido no dia 3 de agosto do ano passado, na vitória por 4 a 0 sobre o Vasco. Além disso, ficou quatro meses parado após lesão sofrida em abril.
Logo em seguida, aos 32 minutos, o capitão do Morumbi foi expulso ao cometer falta, como último homem, em Jean, que o havia chapelado. O goleiro reclamou bastante do árbitro Carlos Eugênio Simon dizendo, inclusive, que ele não deveria mais apitar jogos do Tricolor.
O próximo compromisso do São Paulo é com o Internacional, no Morumbi. Se vencer esse confronto direto, aliás, o time assumirá a liderança pelo menos até que o Palmeiras enfrente o Goiás, na quinta-feira. Já o Santos irá a Curitiba enfrentar o Atlético-PR, na Arena da Baixada.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 3 X 4 SÃO PAULO
Estádio: Vila Belmiro, Santos (SP)
Data/hora: 25/10/2009 - 16h (de Brasília)
Árbitro: Carlos Eugênio Simon(Fifa-RS)
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa-PR) e Altemir Hausmann (Fifa-RS)
Renda/público: R$ 217.640,00 / 8.735 pagantes
Cartões amarelos: Germano e Adaílton (SAN); Jean, André Dias e Miranda (SAO)
Cartão vermelho: Rogério Ceni, 32'/2ºT (SAO)
GOLS: André, 5'/1ºT (1-0), Hernanes, 11'/1ºT (1-1), Rodrigo Souto, 25'/1ºT (2-1), Washington, 38'/1ºT (2-2), Jorge Wagner, 14'/2ºT (2-3), Robson, 21'/2ºT (3-3) e Rogério Ceni, 23'/2ºT (3-4).
SANTOS: Felipe, Pará, Astorga, Adaílton e Triguinho (Léo, 28'/2ºT); Germano, Rodrigo Souto, Paulo Henrique Lima, Madson (Jean, 18'/2ºT) e Felipe Azevedo (Robson, 18'/2ºT) ; André. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Renato Silva, André Dias e Miranda; Adrián González (Zé Luis, 45'/2ºT), Jean, Hernanes, Jorge Wagner e Júnior César; Dagoberto (Borges, 40'/2ºT) e Washington (Denis, 35'/2ºT). Técnico Ricardo Gomes.
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